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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Couple –

Eu estava sentada em um dos bancos de uma praça de alimentação, me questionando o que eu iria comprar, entre outras divagações, quando o vi. Não sei dizer exatamente sua idade, deveria ser entre os 18, 20 anos. Ele estava visivelmente ansioso, balançava sua perna sem parar, reconheci pelo fato de eu fazer o mesmo quando estou ansiosa/nervosa. Entrelaçou seus dedos, e alternava entre olhar para seu relógio de pulso, checar seu celular, e olhar para a entrada principal. Admito que até eu mesma já estava ficando nervosa, por ele. Então ele respirou fundo, e encarou o chão. Olhei para a estrada principal, e a identifiquei no mesmo instante, sabia que ela estava procurando por ele. Seu rosto estava tenso, maxilar travado. Olhava atentamente para todos os lados. Então ela o viu. E como se sentisse o seu olhar, ele levantou a cabeça e a viu. E seus olhos brilharam, e um sorriso faiscou em seu rosto. Ela correu ao seu encontro, e eles abraçaram, se encaixando, como se tivessem sido feitos um para o outro. Eu percebi que ele arfava, como se estivesse ficado durante muito tempo embaixo d’água, e finalmente tivesse emergido, encontrado o oxigênio. E se beijaram, e de repente, me senti invadindo o espaço deles. Desviei o olhar, por alguns minutos, e, quando voltei a encará-los , eles haviam sentado, sem deixar de se abraçar. Ele estava com as mãos envoltas em sua cintura, enquanto ela repousava sua cabeça no ombro dele.  Suas respirações estavam sincronizadas.  Eles conversavam calmamente, provavelmente contando como havia sido estressante o dia sem ele/ela por perto. Então, pela primeira vez, reparei na estética do casal. Ele era alto, cabelos castanho-claros curtos e naturalmente rebeldes, olhos cor de mel, barba por fazer, porte atlético. Ela, pele mulata, cabelos longos e negros, olhos castanho leitoso, magra. Apesar da combinação física, acredito que mesmo que aos olhos críticos, não importaria como eles fossem, pelo seu amor, eles sempre combinariam.  E então, subitamente, eu percebi o quanto o vazio em meu peito me incomodava. Olhando aquele casal, admiti algo que era realmente doloroso para mim. Eu não tinha aquele amor em minha vida. E, ao admitir isso como uma verdade, me doeu. Não uma dor suprema, mas uma dor, baixa e persistente, como um corte profundo, não sarado. Como o sangue pulsante sob um hematoma.  Não havia se passado muito tempo desde que eu me dei conta que o amor não era para mim. Não o amor, em todas as formas, mas aquela forma de amor em especial. Eu me julguei que não seria capaz de amar como aquele casal se amava. Mas, quando eu percebi isso, não doeu como da forma que doía agora. Porque eu finalmente vi a face do amor, bem ali, e ele estava me mostrando o quão bom ele era. E eu me dei conta do quanto eu era infeliz em relação a isso. Desviei os olhos do casal, sentindo um gosto amargo em minha boca. Me levantei , e decidir que queria sair o mais rápido dali, não queria aceitar aquela realidade, e antes de sair, dei uma última olhada naquele par. E então, ela levantou a cabeça, e seus olhos encontraram os meus. Ela me deu um longo olhar, mas não foi um morra-de-inveja-de-mim olhar, e sim um olhar meigo, terno. Logo depois, ela me deu um sorriso, o melhor sorriso que ela poderia me dar, como se me dissesse que não precisava ficar angustiada ou preocupada, em algum momento da minha vida, eu também encontraria a minha alma gêmea, o meu oxigênio, o meu próprio sol.  E na desesperada busca por qualquer fio de esperança, eu acreditei nela.

E até hoje estou nessa minha incansável busca. Mas nunca desisto.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

- Então, Charlie Brown, o que é amor pra você?
- Em 1987, meu pai tinha um carro azul.
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona para uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta no carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca.
Ela ficava fazendo caretas e eles morriam de rir.
acho que isso é amor.
                                                                         Peanuts, 1999.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

desabafo.

Hoje eu vou falar de uma coisa que realmente tem me incomodado muito.  Acho que porque eu nunca fui desse jeito que isso me irrita tanto. Ultimamente, a maioria dos fatos que ocorreram a minha volta, de pessoas que convivem comigo são infantis. Do tipo coisas como ‘eu te odeio’, ou xingar a  pessoa porque ela te xingou, etc. Claro que isso acontece com todo mundo, eu não sou exceção, nunca vou dizer que nunca xinguei ninguém, mas PELO AMOR DE JEOVÁ, pra quê ficar insistindo no mesmo erro? Que merda, dois erros não fazem um acerto, e muito menos um erro não justifica o outro. Eu já não pensava assim antes, e agora mesmo eu tenho certeza que esse pensamento é muito atrasado. Simplesmente existem pessoas que não vêem que isso não vai levar em nada, nada mesmo. A única pessoa que se machuca, guardando todo esse rancor, é você. O mundo não vai parar de girar porque você deixou de falar com alguém por pirraça, e a única pessoa que vai perder é você mesmo. Não adianta falar mal, bater boca, ou essas coisas. Isso só vai te diminuir como pessoa, e se a pessoa com quem você está tendo um contratempo não quiser colaborar, azar o dela, não se deixe diminuir por causa disso. Claro que é um pouco ruim, mas se a pessoa não quer conversar com você, vai valer a pena ficar se estressando? Não, não mesmo. Se ela quer ser infantil, tem um problema, e não quer falar sobre isso, o problema é inteiramente dela, você não vai morrer por isso. Supera né, não tem porque ficar fazendo drama, principalmente quando isso é um fato passado. Seja superior, cresça! Não vai doer se você começar a pensar em suas atitudes, trust me.

Argh, enfim, acho que me irrito porque simplesmente espero demais das pessoas :T Mas para vocês, fica o meu conselho. 

terça-feira, 25 de maio de 2010

songs, truths, dreams ...

Ouvi dizer que você tá bem, e que já tem um outro alguém. Encontrei moedas pelo chão, mas não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão. Eu chorei, sem disfarçar, quando vi seu carro passar. Vi todo amor que em mim ainda não passou. Eu já não sei bem aonde vou, mas agora eu vou. Tentei falar, mas você não soube ouvir, tente admitir. Tentei voltar, e pude ver o quanto errei : te amei mais que a mim, bem mais que a mim. Maria Gadú & Ana Carolina - Mais que a mim.



é, bem mais que a mim.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

'cause all of the stars are fading away.

Eu não exagero em dizer que uma das melhores coisas, senão a melhor, é estar na companhia dos amigos, daqueles que te fazem rir, chorar, chorar de rir, aqueles que estão prontos para te aconselhar, ou só para ouvir você desabafar. Para falar besteira, para puxar a orelha, ou somente para fazer companhia, e aproveitar o momento. Em momento nenhum eu digo que família não é tão essencial quanto amigos, mas sua família tem que te aceitar, seja essa uma situação boa ou ruim. E os amigos, são as pessoas mais parecidas com você, tem os mesmo gostos, compartilham dos mesmos problemas, e te apóiam por saber a fundo como você é, e saber como você se sente. Muito dos meus familiares também são amigos, porque não? Quer coisa melhor do rir a tarde toda, fazer de um momento de sua vida algo melhor. E quando está com um problema, eles estão lá, para fazer você desabafar, e lembrar de dias melhores, te dizer que tudo é só uma fase, te lembrar que eles são amigos. Particularmente, eu não abro mão dos meus, são tão importantes para mim, como o ar, ou o sol. E são aquelas pessoas, que ficam realmente felizes com seu sucesso ou conquista pessoal, não ficam invejando, se remoendo... Esses sim são suas verdadeiras almas gêmeas. 




Para todos os meus amigos , eu os amo verdadeiramente ♥